Nessa história eletrizante, Daniel Wallace leva sua habilidade inventiva à potência máxima, explorando a fantasia nas suas faces mais improváveis: a tragédia, a tristeza e o preconceito. Como nas lembranças dos circos que todos visitamos durante a infância, e sobre as quais, gravadas na memória, persistem as tensões entre alegria e horror, esperança e desilusão. Sob todas elas, porém, uma única certeza: o afeto, pedra de toque para a mágica estirada em qualquer espetáculo. Em Mr. Sebastian e o fantástico mágico negro, é ele quem move essa extraordinária engrenagem de sobressaltos.
Mr. Sebastian e o Fantástico Mágico Negro, Lançado em 2011.
Sinopse: Estados Unidos, meados dos anos 1950. O Circo Chinês de Jeremiah Mosgrove não é exatamente um centro de artistas virtuosos — tampouco tem qualquer relação com a China. Seu chamariz é uma série de atrações freak, que apresenta de cidadezinha em cidadezinha, em estilo mambembe: a Garota Ossificada, o Homem Mais Forte do Mundo, a Mulher Gorda. Seu grande astro, porém, é Henry Walker. Mais conhecido como o Mágico Negro, é ele quem surpreende o público pelo absurdo de seus números. Totalmente desprovidos de magia, seus truques são um desfile de incompetência pura e simples, marcados pela tristeza e pelo desconcerto. Exatamente por isso, divertem a plateia. O que o público sequer desconfia, porém, é que Henry Walker já foi o mago mais impressionante do mundo. E que, antes de ser negro, ele já foi branco, e faquir, e herói de guerra, e negro novamente. Que já viajou ao território da morte, para resgatar sua assistente, e retornou com a aparência de anos mais velho, esgotado. Que, aos 10 anos de idade, fez um pacto com o próprio Diabo — o que lhe deu, ao mesmo tempo, seu único tesouro e sua invencível desgraça. Mr. Sebastian e o fantástico mágico negro é o quarto livro do americano Daniel Wallace, conhecido autor de Peixe grande, que deu origem ao filme homônimo de Tim Burton, sucesso nas telas. Neste lançamento da Rocco, a magia do mundo circense é atravessada pela tragédia e pelo mistério. A grande aventura que é a vida de Henry Walker é narrada por seus colegas do Circo Chinês, após o sumiço do mágico. Dessa forma, as versões de testemunhas tão improváveis — as atrações bizarras de um circo de horrores — vão se sobrepondo e deixando entrever a pergunta em destaque a cada uma das muitas reviravoltas: quem é, afinal, Henry Walker? Como num espetáculo de ilusionismo, nada é seguramente o que parece ser nesta narrativa fantástica, que lança ao protagonista doses equivalentes de mistério, carisma e tormenta. “A ilusão sempre foi sua vida”, anuncia o mestre de cerimônias do Circo Chinês. Por isso mesmo, Henry Walker caminha na fronteira entre o heroísmo e a vilania, entre a farsa e a autêntica busca pela verdade.
Comentem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário