Hércule Poirot está de volta em mais um caso, aparentemente, impossível de ser resolvido.
O Natal de Poirot foi escrito pela "rainha do suspense"
Agatha Christie e originalmente lançado em
1938.
Agatha Christie nasceu em Torquay, uma cidade da Inglaterra, no ano de 1890, e tornou-se simplesmente a romancista mais vendida de todos os tempos. Escreveu 80 romances policiais, coleções e foi traduzida para mais línguas do que Shakespeare. Seu sucesso permanente, ampliado pelas inúmeras adaptações para o cinema e a TV, é um tributo ao eterno fascínio de seus personagens e à absoluta engenhosidade de suas tramas.
O Natal de Poirot apresenta a desastrosa reunião natalina da família Lee, arruinada por barulhos de móveis sendo destruídos, seguido por um grito sem alma, sendo consequências da morte do tirânico Simeon Lee, que está em cima de uma poça de sangue com a garganta degolada. Não poderia ter sido um simples ladrão, muito menos suicídio. Todos dentro da casa possuem suas próprias razões para ser o assassino, mas também todos possuem um forte álibi, ou razões a favor. E o caso é apresentado ao famoso detetive Hércule Poirot, que passava o natal na casa de um amigo que morava na cidade.
Logo que o livro é aberto, a pedido do cunhado da autora, somos prometidos a um assassinato nada refinado, fazendo com que o leitor não duvidasse que o mesmo tenha ocorrido. E, nas páginas seguintes, a história começa, como sempre, no estilo "Agatha Christie"... Os personagens, são apresentados e, como em todos os livros de Agatha, todos possuem características próprias, psicológicas e físicas. O crime é cometido e os interrogatórios começam. Mentiras aparentam verdades e verdades aparentam mentiras. A cada capítulo, nossas convicções mudam completamente. Nunca sabemos ao certo o que aconteceu.
Nesse livro pude reconhecer que, mesmo com poucas páginas, grandes histórias podem ser contadas. E, com poucas palavras, grandes consequências podem vir. O assassinato é muito bem contado, ou seja, o enredo é muito bem escrito. Qualquer mínimo detalhe pode ser a chave para a verdade. Muitas vezes você nem percebe, mas Hércule Poirot sim. As perguntas chegam bem rapidamente, e você não consegue se desgrudar do livro até que elas sejam respondidas. Eu cheguei até sonhar com a história, pois gosto de ler antes de dormir e assim ficou tudo fresco em minha memória enquanto sonhava.
Quando chegamos aos últimos capítulos, somos apresentados a verdade. Esqueça tudo o que você achava que teria acontecido, pois algo totalmente diferente aconteceu. É impossível alguém ler o livro e saber o que ocorreu, antes de Poirot divulgar a todos. E tudo se encaixa perfeitamente, como foi dito por uma das personagens: "É como quando a gente acaba de montar um quebra-cabeça e todas aquelas pecinhas que pareciam não se encaixar em lugar algum encontram seus lugares naturalmente."
Se você gosta de Sherlock Holmes, de crimes e detetives, leia o livro, melhor, leia vários livros de Agatha Christie. Se você prefere algo mais fantasioso, como Harry Potter e Percy Jackson, você pode não gostar tanto assim do livro, pois no livro, tudo é real, não existe magia ou poderes que poderiam ser o segredo do crime. Apenas existe o poder da inteligência de Hércule Poirot.
Nota: 8,0.
Resenha escrita por Pedro de Aguiar Goto.
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